21/11/2009

A fama dos inquéritos


Sobre as investigações ao regicídio, Bernardo Pinheiro Correia de Melo, conde de Arnoso, em 1908, pedia ao governo que se fizesse luz sobre o crime e se acelerasse o inquérito. Nestes precisos termos, clama o Conde de Arnoso afirmando que "é preciso, é necessário, é absolutamente indispensável, é inadiável, que o governo diga à Câmara e ao país que do inquérito, desse malfadado inquérito, começado, interrompido, lenta e vagarosamente arrastado, toda a verdade se apurará". Assim mesmo. A fama dos inquéritos, essa aparência de busca da verdade, já vem de longe. Como uma doença crónica instalou-se na essência do regime, no íntimo da alma lusitana.

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