"Os portugueses se atormentam, se perseguem e se matam uns aos outros, por não terem entendido que o Reino tendo feito grandes conquistas, viveu por mais de três séculos do trabalho dos escravos, e que perdidos os escravos era preciso criar uma nova maneira de existência, criando os valores pelo trabalho próprio." (Mousinho da Silveira, 1832)
Também Charles Frédéric de Merveilleux (in Portugal de D. João V, visto por três forasteiros), dizia: “Embora o reino seja pequeno, mais de metade está por cultivar” e lamentava-se “Que riquezas não extrairia Sua Majestade dos seus estados se eles fossem povoados por anabaptistas e outras gentes laboriosas!”
ResponderEliminarA solução para acabar de vez com o injusto mito seria, talvez, irmos todos de férias, e na nossa ausência colectiva trazerem para cá dez milhões de germânicos calvinistas e laboriosos. Então é que eles iam perceber o elevado preço que se paga por se viver no paraíso terrestre. O mar, o vinho, a sardinha assada, o cozido, as praias e a amenidade do clima acabavam de vez com a mania da produtividade de que tanto se orgulham. Em três meses estariam a fazer “pontes” para uma escapadela até ao Algarve, e a interromper a jornada laboral com almoços de duas horas bem regados e sesta a condizer, “para desmoer”, como diz o nosso laborioso povo.
Pois é!
ResponderEliminarBom ano!
Em 1832? Parece muito actual
ResponderEliminarOops! Esqueci-me da Taverna do Manel Vina! É óbvio que os outrora laboriosos germânicos fariam fila à porta da dita, para desenjoar as horríveis salsichas.
ResponderEliminarUm abraço, Zé Carlos
Bom ano.
Pois é, parece que ninguém gosta de mudanças...
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