02/01/2012

Redefinir a nossa existência

"Os portugueses se atormentam, se perseguem e se matam uns aos outros, por não terem entendido que o Reino tendo feito grandes conquistas, viveu por mais de três séculos do trabalho dos escravos, e que perdidos os escravos era preciso criar uma nova maneira de existência, criando os valores pelo trabalho próprio." (Mousinho da Silveira, 1832)

5 comentários:

  1. Também Charles Frédéric de Merveilleux (in Portugal de D. João V, visto por três forasteiros), dizia: “Embora o reino seja pequeno, mais de metade está por cultivar” e lamentava-se “Que riquezas não extrairia Sua Majestade dos seus estados se eles fossem povoados por anabaptistas e outras gentes laboriosas!”
    A solução para acabar de vez com o injusto mito seria, talvez, irmos todos de férias, e na nossa ausência colectiva trazerem para cá dez milhões de germânicos calvinistas e laboriosos. Então é que eles iam perceber o elevado preço que se paga por se viver no paraíso terrestre. O mar, o vinho, a sardinha assada, o cozido, as praias e a amenidade do clima acabavam de vez com a mania da produtividade de que tanto se orgulham. Em três meses estariam a fazer “pontes” para uma escapadela até ao Algarve, e a interromper a jornada laboral com almoços de duas horas bem regados e sesta a condizer, “para desmoer”, como diz o nosso laborioso povo.

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  2. Oops! Esqueci-me da Taverna do Manel Vina! É óbvio que os outrora laboriosos germânicos fariam fila à porta da dita, para desenjoar as horríveis salsichas.
    Um abraço, Zé Carlos
    Bom ano.

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  3. Pois é, parece que ninguém gosta de mudanças...

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